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Alta comissária da ONU pede proteção de indígenas e ambientalistas do Brasil

O alerta de Bachelet ocorre uma semana antes da viagem do presidente Jair Bolsonaro a Nova York. Como manda a tradição, o Brasil abre a Assembleia Geral da ONU, na qual o líder brasileiro deve responder às afirmações da alta

Alta comissária da ONU pede proteção de indígenas e ambientalistas do Brasil

"No Brasil, estou alarmada por ataques recentes contra membros dos povos Yanomami e Munduruku por mineiros ilegais na Amazônia", disse a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos. S

A proteção do meio ambiente, de povos indígenas e ativistas é “o desafio mais importante para o exercício dos direitos humanos”, afirmou nesta segunda-feira (13) a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.

Na abertura da 48ª sessão do Conselho de Direitos Humanos em Genebra, a ex-presidente chilena fez um apelo direto às autoridades brasileiras.

“No Brasil, estou alarmada por ataques recentes contra membros dos povos Yanomami e Munduruku por mineiros ilegais na Amazônia”, disse a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos. Segundo ela, a expansão de atividades do setor e “tentativas de legalizar a entrada de empresas em territórios indígenas” são motivo de forte preocupação no Conselho dos Direitos Humanos da ONU.

“Eu apelo às autoridades para reverter políticas que afetam negativamente os povos indígenas”, ressaltou Bachelet, durante discurso transmitido ao vivo no canal das Nações Unidas no YouTube.

A chilena também criticou o projeto de lei antiterrorismo que está sendo analisado no Brasil. Segundo ela, o texto pode resultar em abusos e perseguições de ambientalistas e defensores dos direitos humanos no país.