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Senadores americanos pedem a Biden “sérias consequências” contra Bolsonaro em caso de golpe no Brasil

A carta foi enviada nesta terça-feira pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos, senador Bob Menendez, e outros três senadores ao secretário de Estado, Antony Blinken

Senadores americanos pedem a Biden "sérias consequências" contra Bolsonaro em caso de golpe no Brasil

No documento, os parlamentares destacam que Bolsonaro vem fazendo seguidas ameaças golpistas contra a democracia brasileira e, além disso, intimidando ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos, senador Bob Menendez, e outros três senadores enviaram nesta terça-feira (28) ao secretário de Estado, Antony Blinken, uma carta pedindo que o presidente do país, Joe Biden, deixe claro para Jair Bolsonaro que qualquer ruptura democrática no Brasil “terá sérias consequências”.

No documento, os parlamentares destacam que Bolsonaro vem fazendo seguidas ameaças golpistas contra a democracia brasileira e, além disso, intimidando ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Dado que o Brasil é uma das maiores democracias e economias do mundo e um dos principais aliados dos EUA na região, a deterioração da democracia brasileira tem implicações no hemisfério e além. (…) Instamos o senhor a deixar claro que os EUA apoiam as instituições democráticas brasileiras e que qualquer ruptura antidemocrática da atual ordem constitucional terá sérias consequências”, diz trecho da carta divulgado pela Folha de S. Paulo.

A ofensiva de Bolsonaro contra magistrados do Supremo foi classificada pelos senadores estadunidenses como “ataques pessoais” aos ministros. Eles ainda lembram que Bolsonaro já disse estar disposto “a sair das quatros linhas” da Constituição. “Se o presidente Bolsonaro cumprir suas promessas e abertamente descumprir decisões do Supremo, isso irá estabelecer um precedente muito perigoso para outras tentativas de Bolsonaro de solapar o estado de direito”.