A detenta narrou que o crime foi cometido logo nos seus primeiros momentos dentro da cadeia, após ser autuada em flagrante por tráfico de drogas, no sábado, ao tentar entrar numa unidade do Degase, na Ilha do Governador, com maconha nas partes íntimas para entregar ao seu namorado, que está internado.
“Chupa aqui, pois eu vou adiantar sua audiência de custódia para hoje mesmo”. Essa foi a frase que ela afirma ter ouvido de Alcides, quando se surpreendeu com o inspetor com a calça arriada e o pênis para fora.
Abreu foi o agente responsável por recepcionar a mulher no presídio. Segundo ela, assim que chegou, já foi levada para uma sala com banheiro pelo inspetor, que dizia que queria apenas conversar.
“Chegando na tal sala, o inspetor penitenciário indicou onde ficava localizado o e entrou primeiro no citado banheiro. Que após entrar, o inspetor chamou a declarante para o interior do banheiro e ao entrar deparou-se com o inspetor com sua calça abaixada e seu pênis para fora”, diz o termo de declaração.
O crime durou cerca de cinco minutos. A mulher ainda contou à Polícia Civil que num primeiro momento se recusou a praticar o sexo oral, mas acabou cedendo a pressão com muito medo. Ela ainda disse que o agente penitenciário a pegou pela cabeça.
“A declarante recusou a oferta oferecida pelo inspetor (sexo oral em troca da antecipação da audiência de custódia). Logo, inconformado com com a não aceitação, a pegou pela cabeça e colocou para praticar o ato de felação. Que, com muito medo, acabou cedendo à pressão psicológica praticada pelo inspetor”, afirmou.
A vítima conta que Abreu ainda exigiu que ela apertasse os próprios bicos dos seis enquanto praticava o ato. Em seu depoimento, ela garantiu que pedia para o agente parar, mas ele recusava e ainda pedia para ela não parar, pois já estava prestes a ejacular.
O inspetor penitenciário teria jogado resíduos de sêmen na calça da jovem, em seu chinelo e numa máscara de proteção que estava em seu bolso esquerdo. Em seguida, ele ainda teria levantado a blusa da mulher e passado a mão em seus seios.
Após o crime, a vítima contou ter caído no choro e foi amparada por um interno responsável pela faxina, que a encorajou a denunciar o caso.