Você sempre se posicionou politicamente. No show que fez no Brasil em 2017, mostrou um cartaz escrito “Fora Temer”. Qual é a importância para um rockstar assumir publicamente suas opiniões – e eventualmente até perder fãs no caminho?
Primeiramente, é importante que não só estrelas do rock assumam posições políticas, mas qualquer pessoa. Não importa qual seja o seu trabalho. Como artista, você tem uma responsabilidade de dizer no que você acredita e como você vê sua arte. Acho que o Brasil está em uma situação difícil e os Estados Unidos tiveram um fenômeno semelhante com o Trump.
O Brasil tem um líder fascista, que usa do velho discurso, uma espécie de retórica anti-esquerdista. Tudo depende das pessoas. Não há uma maneira de mudar se eu e você não mudarmos juntos. Essa é a mensagem que eu tenho passado durante os últimos trinta anos da minha carreira. E quando digo “você”, quero dizer, literalmente, você que estiver lendo essa entrevista: o mundo mudou de forma progressiva, radical ou mesmo revolucionária. Ele foi mudado por pessoas que não eram diferentes de você. Elas não tinham mais ou menos poder, criatividade, influência ou inteligência do que qualquer um que esteja nos lendo agora.
Um dos mais criativos guitarristas do rock dos anos 90, Tom Morello, de 57 anos, fundou duas das mais influentes bandas de rock do século XX: Rage Against The Machine e Audioslave.
Nascido no Harlem, em Nova York, e criado no Illinois, o cantor nunca escondeu suas posições políticas à esquerda, sempre compondo letras que pregavam a igualdade social. Nesta sexta-feira, 15, ele lança o álbum solo The Atlas Underground Fire, com onze faixas autorais e uma cover de Highway To Hell, do AC/DC, gravada em parceria com Bruce Springsteen (com quem excursionou entre 2008 e 2015) e Eddie Vedder, do Pearl Jam.
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