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Acusado de espancar mulher até a morte é condenado a 24 anos de prisão

Fábio foi preso dois dias depois do assassinato ao tentar roubar e estuprar uma outra garota de programa, bem próximo do local em que havia assassinado a primeira vítima. Ele foi detido por PMs quando tentava fugir com a bolsa

Acusado de espancar mulher até a morte é condenado a 24 anos de prisão

Fábio Machado de Souza, foi condenado a uma pena de 24 anos de prisão em regime fechado por crime de feminicídio, na última quarta-feira.

Acusado de espancar uma mulher até a morte na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, em junho 2016, Fábio Machado de Souza, foi condenado a uma pena de 24 anos de prisão em regime fechado por crime de feminicídio, na última quarta-feira. O assassinato aconteceu dois meses antes da abertura dos Jogos Olímpicos do Rio. Segundo declarou a polícia na ocasião do fato, Fábio alegou ter cometido o crime porque estaria drogado e sem dinheiro para pagar por um programa sexual com a vítima, que, à época, era mãe de uma criança de 12 anos. A defesa do homem ainda pode recorrer da sentença condenatória em instância superior.

Fábio foi preso dois dias depois do assassinato ao tentar roubar e estuprar uma outra garota de programa, bem próximo do local em que havia assassinado a primeira vítima. Ele foi detido por PMs quando tentava fugir com a bolsa da mulher, na Rua Hilário de Gouveia. No dia 5 de junho de 2016, o corpo da vítima de homicídio havia sido encontrado na altura do Posto 3 da Praia de Copacabana. Ela estava nua da cintura para baixo e tinha marcas de esganadura no pescoço.

Em um trecho da sentença, o juiz Abrahão Dias Teixeira, da 3ª Vara Criminal da Comarca da Capital, classificou Fábio como sendo um homem frio, que após o assassinato foi para casa dormir como se nada tivesse acontecido. “(…) A personalidade do acusado é adversa e corrompida já que não prestou socorro à vítima, nem demonstrou arrependimento. Aliás, retrata a prova dos autos que mesmo após tudo isso retornou ao local para ver o cadáver da jovem, encontrando-a morta e gelada, o que não lhe sensibilizou, pois ainda assim retornou à sua residência para dormir de forma tranquila. Evidencia-se, assim, extrema frieza e completa ausência de remorso do acusado”, escreveu o juiz em parte da sentença.