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LeftBank vai realizar sonho esquerdista de ter cartão bancário com Karl Marx

Ex-presidente da Câmara Marco Maia, um dos criadores do banco digital, vai destinar 20% do lucro aos movimentos sociais. "Quero ser um banqueiro do bem"

LeftBank vai realizar sonho esquerdista de ter cartão bancário com Karl Marx

“No LeftBank todo mundo é personnalité desde o começo. É possível abrir uma conta jurídica conosco em 5 minutos. E fazer um Pix ou TED pela metade do preço cobrado pelos bancos tradicionais”, garante Marco Maia

Sabem aquele cartão de banco com a efígie de Karl Marx que andou circulando por aí? Pois está próximo de virar realidade no Brasil. Criado pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados Marco Maia, o LeftBank pretende disponibilizar cartões personalizados com figuras da esquerda para os correntistas. Hoje com 3 mil correntistas diretos e 12 mil de serviços, a ambição do novo banco digital é conquistar clientes oferecendo pacotes de serviços mais baratos e menos burocracia na hora de abrir a conta.

“No LeftBank todo mundo é personnalité desde o começo”, garante Maia, diretor-geral da empresa, criada no modelo das fintechs, empresas do setor financeiro totalmente digitais, cuja existência se tornou possível a partir do governo Dilma Rousseff, quando foram reguladas pelo Banco Central e receberam o aval do Congresso com o objetivo de diminuir a concentração bancária –três bancos privados e dois públicos detêm mais de 80% do mercado atualmente. “É possível abrir uma conta jurídica conosco em 5 minutos. E fazer um Pix ou TED pela metade do preço cobrado pelos bancos tradicionais.”

“No LeftBank todo mundo é personnalité desde o começo. É possível abrir uma conta jurídica conosco em 5 minutos. E fazer um Pix ou TED pela metade do preço cobrado pelos bancos tradicionais”, garante Marco Maia

O ex-deputado idealizou o banco com dois parceiros, também petistas, que se dispuseram a investir para começar o negócio, o advogado Daniel Gonçalves (CEO do banco) e o administrador e contador Volnei Borba (executivo-chefe de operações). Mas o banco não tem nenhuma ligação com o PT. “Quando eu contei para a Gleisi que ia abrir um banco ela se espantou. ‘Nossa, como é isso?’”, ri. A meta do “banco da esquerda” é angariar clientes entre os milhões de brasileiros que se identificam com este perfil ideológico, cerca de 30% da população, de acordo com pesquisa encomendada por eles.

Mas e pessoas de direita, podem se tornar correntistas do Left Bank? “Nós não discriminamos ninguém, não fazemos checagem ideológica”, garante Maia. “Agora, quem abrir uma conta conosco sabe que está optando por um banco que defende os Direitos Humanos, os direitos LGBTs, é pró-vacina, é antifascista, a favor da ciência, da defesa do meio ambiente, da reforma agrária… E que vai destinar 20% do lucro para os movimentos sociais. Quem não quer dar dinheiro para eles melhor nem entrar.”

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