Contra Jair Bolsonaro (sem partido) e contra o racismo. Essas são as principais bandeiras das manifestações de rua deste sábado (20), Dia da Consciência Negra, em todo o Brasil.
“Se existe um contraponto real e imediato à existência do Bolsonaro, é a existência da vida negra”, analisa o fundador da Coalizão Negra por Direitos e da Uneafro, Douglas Belchior, em entrevista ao Brasil de Fato.
A educadora Iêda Leal, coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado (MNU), afirma que consciência negra e consciência de classe precisam caminhar juntas:
“Quem acredita que uma sociedade deve ser construída com base na solidariedade, no respeito e na valorização da vida precisa estar conosco para a gente continuar lutando contra o racismo”, convoca.
Além das entidades que compõem o movimento negro, os atos têm a participação da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, que engloba os maiores movimentos populares e centrais sindicais do país.
Conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2021, o número de negros nas penitenciárias brasileiras aumentou de 58,4% para 66,4% entre 2005 e 2020, um crescimento de 13,5% em 15 anos.
Em números absolutos, a população negra nas prisões saltou de 91.843, em 2005, para 397.816 em 2020 – 333 mil pretos e pardos a mais ocupando celas nas penitenciárias do país. Já o número de brancos nas prisões brasileiras, no mesmo período, caiu 18%. Eram 39,8% em 2005 e são 32,5% do total registrado em 2020.
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