Denúncia do Ministério Público contra o senador Flávio Bolsonaro afirma que o miliciano Adriano da Nóbrega, assassinado este ano na Bahia, fazia parte do esquema da “rachadinha” comandada por Fabrício Queiroz, assessor do então deputado estadual, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Segundo denúncia do MP, em 2007, quando Flávio contratou Queiroz, o então deputado também nomeou Danielle Mendonça da Costa como assessora. Danielle era mulher do ex-PM Adriano da Nóbrega, acusado de comandar um grupo de extermínio com milicianos no Rio e de ter participado no assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL).
Em 2015, a mãe de Adriano, Raimunda Veras Magalhães, também virou assessora parlamentar de Flávio Bolsonaro. Segundo o MP, Raimunda e Danielle eram funcionárias fantasmas.
Ainda, o MP aponta que as pizzarias administradas por Raimunda eram usadas para movimentar parte do dinheiro desviado da Assembleia Legislativa.
Esses valores saíram dos restaurantes e entraram diretamente nas contas de Fabrício Queiroz, em depósitos ou transferências bancárias.
Por meio da mãe e da mulher, o ex-policial, de acordo com os investigadores, transferiu outros R$ 400 mil para Queiroz, acusado de ser o operador de Flávio Bolsonaro.
Para o MP, considerando todo o período de atuação da mulher e da mãe de Adriano da Nóbrega – entre 2007 e 2018 -, foram desviados mais de R$ 1 milhão.
O MP também aponta Adriano com chefe da organização criminosa da lavagem de dinheiro, sendo ele próximo a Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro.