O Ministério Público Federal (MPF) no Acre, por meio do procurador regional dos Direitos do Cidadão, Lucas Costa Almeida Dias, pediu explicações à Prefeitura de Rio Branco sobre o cancelamento de um musical de natal da cidade, cujo Papai Noel seria uma drag queen.
A peça, que inclusive já tinha sido aprovada pela Fundação Garibaldi Brasil (FGB), que funciona como Secretaria de Cultura da capital acreana, receberia uma verba de R$ 15 mil, mas do dia para noite foi censurada pelo prefeito bolsonarista Tião Bocalom (PSL), que vem dando explicações abertamente homofóbicas para a decisão.
“Eu não sou homofóbico, mas quero respeito com a nossa cultura cristã. A FGB tem recursos para poder pagar projetos que a sociedade e as organizações montam, a Lei de Incentivo à Cultura. Aí, eles selecionam uma quantidade grande de projetos, e a primeira seleção acabou aparecendo esse projeto aí, do tal do Papai Noel Gay. Papai Noel não é para criança? Como a gente vai ficar falando para as crianças de Papai Noel Gay? Espero que respeitem a minha cultura. Eu sou cristão. Quem quiser tomar o rumo que quiser depois de certa idade, problema de cada um. Dentro da prefeitura tem um bocado de gente lá que trabalha com a gente que a gente sabe que são homossexuais, trabalham direitinho, numa boa. Mas são adultos. Vai começar agora a falar em gay para criancinhas que acreditam numa coisa tão simbólica como o Papai Noel?”, disse o prefeito radical de extrema direita.
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