Jair Bolsonaro atacou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por pretender implantar a exigência do passaporte vacinal no Estado.
“Outro governador, aqui da região Sudeste, quer fazer o contrário. E ameaça: ‘Ninguém vai entrar no meu estado’. Meu estado o cacete, porra!. E se não tiver vacinado? E nós temos que reagir. E reagir como? Protestando contra isso”, afirmou o chefe do Executivo nesta quinta-feira (9).
Bolsonaro tem se posicionado frequentemente contra os imunizantes utilizados no combate à Covid-19 e contra o passaporte da vacina.
“Nós todos temos que reagir. E reagir como? Protestando contra isso. Ah, o povo é soberano… Todo poder emana do povo. Não é bem assim que a banda toca, pessoal”, completou. “Nós somos donos do Brasil, todos nós. Todos nós temos que remar na direção da liberdade, pô. Não podemos perder isso que nós temos. Não podemos perder isso que nós temos. Uma pessoa que perde a sua liberdade perde a sua vida”, emendou em seguida.
Ainda segundo ele, seria incoerente da sua parte se mostrar favorável ao passaporte vacinal, pois ele próprio optou por não receber a imunização. “Queriam que a gente impusesse aqui a obrigação do cartão vacinal. Como eu posso aceitar o aceitar o cartão vacinal se eu não tomei vacina e é um direito meu de não tomar? Como é o direito de qualquer um aqui”, disse.
Ignorando as mais de 600 mil mortes provocadas pela doença no país, ele também associou o negacionismo da sua gestão às Forças Armadas ao afirmar que “um soldado dentro da trincheira não vai ganhar a guerra, vai morrer como um rato”.
“Talvez eu tenha sido um dos raros chefes de estado no mundo que foi contra essas políticas de lockdown e toque de recolher. Falaram muita coisa de mim, do ensinamento que eu tive, da minha profissão, militar… Um soldado dentro da trincheira não vai ganhar guerra, vai morrer como um rato. Vírus mata? Mata. Duvido quem não tenha parente ou amigo que morreu por causa do vírus. Mas tem que lutar, poxa”, disse.