De acordo com o blog de Lauro Jardim em O Globo, Bolsonaro e Mourão estiveram juntos em conversas privadas no gabinete presidencial ao longo de todo o ano apenas por duas vezes. Outros encontros ocorreram na presença de ministros, nas reuniões ministeriais.
Há tempos a relação entre os dois está estremecida. De um lado, o presidente acha que vice “fala demais”, do outro, Mourão, ao se sentir deslocado dos eventos públicos, acaba dando declarações à imprensa sem compartilhar antes a pauta com o mandatário.
Entretanto, essa relação fica entre “tapas e beijos”. No final de novembro, em conversas nos bastidores, Bolsonaro teria dito a Mourão que era hora de “preparar o paraquedas”, uma vez que não conta com o vice para seu projeto de reeleição, conforme noticiado.
O presidente Jair Bolsonaro, acompanhado do vice-presidente Hamilton Mourão, participa de cerimônia de anúncio de avanços no programa Casa Verde Amarela, de habitação popular no Palácio do Planalto, 21 de setembro de 2021
Já em meados de dezembro, ao responder à pergunta de um apoiador sobre com quem concorreria à presidência, o mandatário respondeu “pode até ser Mourão”.
De acordo com a mídia, mesmo que o general não seja a escolha do presidente, Bolsonaro tem sido aconselhado por seus aliados políticos, entre eles, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, a escolher novamente um militar para disputa eleitoral do ano que vem.
Sendo assim, o chefe do Executivo teria como certo uma fatia de votos entre Exército, Marinha, Aeronáutica, policiais federais e militares.