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Lula aliancista enquadra PT, acena a militares e acalma o centro

"Lula fez o que sempre faz nas divergências do PT: deixa todo mundo gritar, mas avisou que, uma vez tomada a decisão, ela será seguida", diz Helena Chagas

Lula aliancista enquadra PT, acena a militares e acalma o centro

"O PT não é problema. É um partido político. As pessoas têm o prazer e o direito de divergir, até o PT decidir. E aí todo mundo cumpre. E vão aparecer rindo, e não chorando", disse Lula

O principal recado do ex-presidente Lula na entrevista aos sites independentes foi o de que está pronto para ter o ex-governador Geraldo Alckmin como vice em sua chapa, numa aliança não só para vencer a eleição, mas para governar. Nos últimos dias, adversários do petista e a própria mídia vinham levantando a cada hora maiores dificuldades para essa aliança, dando grande ênfase aos problemas do PT na negociação com o PSB e à reação interna ao ex-tucano – o que só mostra a importância estratégica do movimento de aproximação com o ex-governador para Lula.

Mas o recado serviu também ao público interno, os petistas que estão vindo a público detonar o entendimento, patrocinando até um abaixo assinado da militância contra Alckmin. Sem confrontar líderes da estatura dos ex-presidentes da legenda Rui Falcão e José Genoíno, seus amigos que vem liderando esse movimento, Lula fez o que sempre faz nas divergências do PT: deixa todo mundo gritar, mas avisou que, uma vez tomada a decisão pelo partido, ela será seguida.

“O PT não é problema. É um partido político. As pessoas têm o prazer e o direito de divergir, até o PT decidir. E aí todo mundo cumpre. E vão aparecer rindo, e não chorando”, disse Lula, que, a seu modo, acabou por enquadrar o partido. O ex-presidente esgrimiu em seguida o principal argumento para justificar a ampliação das alianças: resgatar o país desmantelado por Jair Bolsonaro, restituindo ao povo a democracia e e lhe devolvendo condições de vida que perdeu.

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