Jair Bolsonaro minimizou neste sábado (22) o número de mortes de crianças pela Covid-19. Ele estava em Eldorado, cidade do interior de São Paulo, onde foi ao enterro da mãe, Olinda Bolsonaro, que faleceu aos 94 anos.
“Se você analisar, 2020, 2021, mesmo na crise da coronavírus, ninguém ouviu dizer que estava precisando de UTI infantil. Não teve. Não tivemos. Eu desconheço criança baixar no hospital. Algumas morreram? Sim, morreram. Lamento, profundamente, tá. Mas é um número insignificante e tem que se levar em conta se ela tinha outras comorbidades também”, disse Bolsonaro.
Sobre vacinação infantil, Bolsonaro também ressaltou que a vacinação não é obrigatória e salientou eventuais efeitos colaterais que, segundo eles, devem ser alertados aos pais. “A vacina para crianças não é obrigatória. E tem que ser falado o quê por ocasião da vacinação? Quem for aplicar a vacina? Olha, tá aqui teu filho, de cinco anos de idade. Ele pode ter palpitação, dores no peito e falta de ar. Vai ser dito para ele, como está no despacho do Lewandowski”.
O Ministério da Saúde divulgou nessa sexta-feira (21) uma nota técnica com uma lista de justificativas para vetar um parecer que rejeita o uso do chamado kit Covid, que considera medicamentos como a hidroxicloroquina – rejeitada mundialmente por estudos científicos para tratar a doença.
Em um trecho do documento, a pasta comandada por Marcelo Queiroga afirma que há efetividade e segurança no uso da substância no tratamento contra a Covid-19.
Em contrapartida, no mesmo trecho, a nota pontua que não existe efetividade e segurança no uso de vacinas contra a Covid-19. O Ministério da Saúde aponta que não há demonstração de efetividade da vacina “em estudos controlados e randomizados” nem de segurança “em estudos experimentais e observacionais adequados”.
A manifestação antivacina foi feita em uma tabela dentro do documento assinado pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Helio Angotti, uma liderança da ala negacionista do governo.