A ministra Damares Alves mantém silêncio sobre o assassinato do congolês Moïse Kabagambe, apesar da pressão do corpo técnico do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para que a pasta se posicione sobre o assunto.
Pelo menos duas secretarias do órgão comandado por Damares iniciaram trâmites burocráticos para que o ministério faça algo sobre o assunto, mas as duas tentativas não receberam atenção da cúpula do ministério até o momento.
Moïse foi espancado até a morte na segunda (31/1) em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele havia ido até o local cobrar uma dívida de R$ 200 por ter trabalhado no estabelecimento.
O Conselho Nacional de Direitos Humanos também já recebeu uma denúncia. O conselho é vinculado ao ministério de Damares e tem representantes do governo e da sociedade civil em sua composição.
A ministra não chegou a mencionar o assunto nem em seu perfil oficial no Twitter. Até as 10h20 da manhã desta quarta-feira (2/2), sua última postagem era sobre o combate à erotização precoce, uma bandeira da pasta e de pastores neopentecostais que chegou a estabelecer a abstinência sexual como método para combater gravidez na adolescência.