* Por Ademir Ramos – Não adiante o grito dos tarefeiros ou muito menos a dissimulação dos adesistas. O partido político é uma estrutura que se qualifica pela sua organização estruturante fundada num determinado programa propositivo capaz de agregar força política centrada na competência e habilidade em torno de uma determinada liderança seja comunitária, étnica, estudantil, de gênero, trabalhista, político profissional, local ou nacional.
Partido sem voto é como carro sem motor. Por esta razão de imediato deve-se conferir a potencia de sua força quanto à sua capilaridade organizacional estatutária nos termos da legislação pertinente, resultante do compromisso de sua direção moral, política e programática e botar esta máquina para funcionar a contento catalisando as demandas populares.
A direção do partido deve selar pela sua organização legal, financeira e estratégica tal como fosse uma plataforma de sustentação as candidaturas, oferecendo as condições materiais para incentivar cada vez mais a competitividade dos convencionais nas disputas eleitorais indicando os meios necessários, bem como, aferindo o rendimento dos disputantes em relação aos seus concorrentes.
Nesta circunstância vale e muito as determinações partidárias quanto à sua prática programática enquanto orientação de sua direção na definição de estratégia competitiva para se ganhar as eleições.
No momento, os partidos sejam de direita, centro ou esquerda estão correndo atrás de nomes competitivos para montar um timaço para as próximas eleições de olho no calendário eleitoral. Como a maioria não tem “time de base” vai ter que que agregar a legenda a determinada candidatura que julgamos ser competitiva.
No entanto, se o partido não inspirar confiança, credibilidade e muito menos oferecer viabilidade operacional para as candidaturas tenho absoluta certeza que a vontade da direção ou de seus tarefeiros não prosperará ante à realidade objetiva de uma disputa de grande monte para as eleições majoritárias e proporcionais.
E assim sendo, claudicante ou vacilante, seja como for, o partido deve se perder no labirinto de suas especulações convertendo a esperança no ocaso porque o jogo começa muito antes da disputa nas urnas.
* Por Ademir Ramos É professor, coordenador do projeto jaraqui e do NCPAM da UFAM.