Rebelião no Complexo Penitenciário Lemos Brito, localizado no bairro da Mata Escura, em Salvador, deixou cinco detentos mortos e 17 feridos na tarde deste domingo.
O motim aconteceu após uma briga entre membros de facções criminosas rivais, na Penitenciária Lemos Brito, que fica na unidade prisional. O problema foi controlado no início da noite.
A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia informou ainda que, durante a rebelião, houve uma tentativa de fuga. Os detentos atacaram policiais penais, usando facas e facões.
Alguns dos presos também tinham armas de fogo, mas os detalhes sobre elas não foram divulgados. A situação foi filmada pelos detentos e imagens foram divulgadas nas redes sociais.
Quatro internos morreram ainda no local e o quinto morreu no Hospital Geral do Estado (HGE), para onde foi socorrido em estado grave. Os 17 detentos feridos também foram socorridos para unidades médicas que não foram divulgadas. Os nomes deles não foram divulgados.
A Penitenciária Lemos Brito abriga apenas presos homens, já condenados em regime fechado. Com base em dados divulgados pela Seap, contabilizados até o dia 17 de fevereiro, a unidade tem 1.116 internos – um número que excede a capacidade de 771 vagas.
Depois que a ação foi controlada, na noite de domingo, os internos passaram por revista, que foi retomada pela Polícia Militar nesta segunda. A Seap não informou se materiais foram apreendidos no domingo.
No momento da rebelião, apenas três agentes penitenciários trabalhavam na unidade. O vice-presidente do Segundo o Sindicato dos Servidores da Polícia Penal do Estado da Bahia (Sinsppeb), Fernando Fernandes, deu detalhes sobre a situação.
“Atiraram para o posto onde estavam os policiais, nossos policiais revidaram. Aí, como eles não conseguiram sair pela passagem onde estavam os policiais penais, eles retornaram e entraram em confronto lá dentro do pavilhão”, disse ele.
No domingo, familiares de internos estiveram no local e protestaram em frente ao complexo penitenciário, pedindo informações sobre a situação dos presos. O Sindicato dos Rodoviários chegou a suspender a circulação dos ônibus na região, mas o transporte foi normalizado no mesmo dia.