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Aumento abusivo da Petrobrás liberado por Bolsonaro projeta inflação para 7,5%

Como resultado, juros serão mais altos, crescimento será menor e brasileiros terão menos renda para consumir

Aumento abusivo da Petrobrás liberado por Bolsonaro projeta inflação para 7,5%

Segundo cálculos do economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) André Braz, o impacto do reajuste nos combustíveis é de 0,75 ponto percentual (p.p) no IPCA de março e abril - 0,40 p.p. e 0,35 p.p. respectivamente.

O ataque continuado pela Petrobrás contra o povo brasileiro, que tem ocorrido desde o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, quando Michel Temer e Pedro Parente dolarizaram os preços dos combustíveis no Brasil, política que foi mantida por Jair Bolsonaro, vai produzir um novo estrago neste ano. O tarifaço anunciado ontem na gasolina, no diesel e no gás de cozinha fará a inflação brasileira subir para pelo menos 7,5% neste ano.

“Segundo cálculos do economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) André Braz, o impacto do reajuste nos combustíveis é de 0,75 ponto percentual (p.p) no IPCA de março e abril – 0,40 p.p. e 0,35 p.p. respectivamente. Para o fim de 2022, o índice pode chegar a 7,5%, disse o economista”, aponta reportagem de Rafael Vazquez, Anaïs Fernandes e Alessandra Saraiva, publicada no Valor Econômico.

“Fora a incerteza sobre até onde o preço do petróleo pode chegar, o novo reajuste da Petrobras sozinho já eleva as expectativas de inflação. Logo após o anúncio, a LCA Consultores aumentou a expectativa do IPCA de 6,01% para 6,50% para o fim de 2022. A LCA agora projeta inflação de 10,58% para o grupo Transportes no fim do ano – a previsão anterior era de 8,72%. Já a projeção sobre o grupo Alimentação e Bebidas variou menos, de 7,02% para 7,16%”, aponta ainda a reportagem.