A Rússia afirmou, neste sábado (19/3), que lançou mísseis hipersônicos Kinjal na Ucrânia, com a intenção de destruir um depósito de armas na cidade de Ivano-Frankivsk, localizada no oeste do país. Esse tipo de armamento é de difícil detecção por sistemas de defesa antimísseis e, segundo militares russos, pode atingir alvos a uma distância de mais de 2.000 km.
Essa teria sido a primeira vez que os russos usam armas deste tipo desde o início do conflito, segundo a agência de notícias Interfax.
Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa russo, disse que o depósito atingido na sexta-feira (18/3) abrigava mísseis ucranianos, informação que não pôde ser confirmada. Konashenkov também alegou que forças russas destruíram rádios militares e centros de reconhecimento ucranianos perto da cidade portuária de Odessa.
Principal rota de fuga na guerra da Ucrânia, Lviv foi atacada pela primeira vez nessa sexta-feira (18/3). A cidade no Oeste da Ucrânia e distante 80 km da fronteira com a Polônia vinha sendo poupada durante o conflito.
O prefeito de Lviv, Andriy Sadovyi, e o chefe da administração militar regional de Lviv, Maksym Kozytsky, confirmaram o ataque e atribuíram a autoria ao Exército russo.
Um dos mísseis caiu perto do aeroporto da cidade e atingiu uma oficina de conserto de aviões. Ao menos uma pessoa ficou ferida.
Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Defesa ucraniano, seis mísseis de cruzeiro foram lançados, provavelmente do Mar Negro, e dois foram interceptados por sistemas de defesa aérea.
O ataque deixou o mundo em alerta. Como Lviv é próxima da Polônia, país integrante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), se o ataque seguir e de alguma forma atingir alvos de nações amigas da Ucrânia, mesmo que não intencionalmente, isso poderia fazer o conflito escalar dramaticamente.
Além de rota de fuga, Lviv se tornou uma das principais cidades de refúgio de ucranianos que saíram do epicentro do conflito. Várias embaixadas mudaram a sede para lá.