Os procuradores que assinam a ação de improbidade movida contra Jair Bolsonaro (PL) afirmam que ele praticou uma conduta “imoral e manifestamente ilícita” por 15 anos, período em que manteve Walderice Santos da Conceição, conhecida como Wal do Açaí, formalmente como secretária de seu gabinete parlamentar. A conclusão do Ministério Público é a de que Wal era funcionária fantasma, destaca reportagem da Folha de S.Paulo.
No depoimento dado durante as investigações, Wal do Açaí fornece evidências de que atuou como funcionária fantasma de Bolsonaro quando este era deputado federal. As declarações de Wal contradizem manifestações públicas do atual ocupante do Palácio do Planalto em relação ao caso.
Wal diz que sempre falava com Bolsonaro e praticamente só com ele. Já Bolsonaro disse que o contato dela se dava com outros assessores, não com ele. Wal também diz que escondeu dos moradores de Mambucaba, onde moa, que era secretária parlamentar de Bolsonaro. Já o então deputado dizia que a função da assessora era levar a ele demandas de moradores da localidade.
Os procuradores afirmam: “Não há como justificar a manutenção de um secretário parlamentar, com jornada laboral de 40 horas semanais, exclusivamente para receber as demandas de seus habitantes, sobretudo quando o próprio Bolsonaro declarou não ter interesse, nem ser o representante dos eleitores daquela região”.