*Por Eduardo De Moura – Há 78 anos, bombardeiros do porta-aviões americano “Essex” atacaram forças japonesas fortificadas em Manilla, Filipinas, e a resistência nipônica obrigou poucos aviões dos então odiados inimigos ianques a retornaram à belonave, pois a maioria foi abatida ou pesadamente danificada. Entre esses avariados estava um torpedeiro “Avenger”, tão metralhado pelos japoneses que o jovem Loyce E. Deen, artilheiro de csuda do avião, teve o corpo estilhaçado de tal modo que os fragmentos aderiram de à fuselagem. Então, o almirantado americano preferiu decidir sepultar no mar o corpo do infeliz jovem marujo e aviador fixado ao assento onde morrera junto com a própria aeronave destroçada, numa prática até então inédita. A ESTUPIDA E INUTIL TRISTEZA DA GUERRA.
Cenas de guerra são tristes. A guerra é triste. Ninguém vai pra guerra porque quer, mas porque é mandado pra ela. Ou é obrigado a se defender dela pra não ser escravizado.
Na verdade, só quem ganha com as guerras são aqueles que nunca lutam e que apenas mandam os outros, os ingênuos, os pobres, ou os idiotas lutarem por eles. Esses patifes são os políticos que promovem as guerras pra satisfazerem seus sonhos de grandeza; ou os fabricantes de armas que ganham bilhões de dólares com o desperdício das guerras; os banqueiros que fazem altos negócios nesses tempos de fome e miséria para a maioria mas nunca pra eles; os altos prelados pseudo-religiosos que incentivam as satânicas “guerras santas”; e os burocratas, noticiaristas, artistas e toda sorte de vivaldinos, parasitas e prostitutos/as…esses ganham com as guerras.
Já os que as lutam ganham a loucura, aleijões, a morte e pedaços de latas pra ostentarem que foram gado humano subservientes, mas nunca heróis. Porque “heróis” só existem no cinema e nos livros pra crianças inocentes. Inocentes talvez como o próprio jovem Deen (ver vídeo e texto abaixo e entenda), despedaçado de tal modo em seu avião que seus fragmentos aderiram à aeronave, que os restos mortais desse marinheiro não puderam ser reunidos e, apesar da tocante e propagandística cerimônia, ele foi jogado ao mar junto com seu avião, não num “sepultamento”, mas num reles e verdadeiro descarte de lixo humano e de material já inúteis prá lutarem por qualquer causa.
De resto, atualmente, o espirito do infeliz Deen deve arrepender-se pelo seu vão sacrifício, pois os inimigos de outrora, que o mataram, são, hoje, os principais aliados da pátria por quem morreu e graças aos milhões de mortes de Deens, que lutaram pelos dois lados naquela guerra, os ricaços, aventureiros, privilegiados e demagogos nipônicos e ianques, festejam juntos a lucrativa vida dos vadios irresponsáveis e insensíveis que promovem as guerras mas que não são incomodados por elas. E tenho dito!
Este enterro foi realizado em 1944 no mar: o aviador Loyce Edward Deen, artilheiro em uma aeronave Avenger TBM, participou de um ataque de seu esquadrão em Manila e seu avião foi atingido por vários projéteis atacando um cruzador japonês, fazendo com que Deen perdesse a vida. Seu piloto, 1º tenente Robert Cosgrove, conseguiu retornar ao porta-aviões USS Essex. Tanto o avião quanto Deen receberam tantos danos que decidiram deixá-lo em seu avião. Foi a única vez na história da Marinha dos EUA (e, provavelmente, da história militar) de que um aviador foi enterrado em seu avião, depois de ter sido morto por ação inimiga. Ver este vídeo ainda é chocante.
*Eduardo De Moura é jornalista profissional