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Futura embaixadora dos EUA diz que Brasil terá eleições livres, apesar de Bolsonaro

Indicada para ser a nova embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley afirmou que o Brasil tem "instituições democráticas para realizar eleições livres e justas"

Futura embaixadora dos EUA diz que Brasil terá eleições livres, apesar de Bolsonaro

Bolsonaro tem dito muitas coisas, mas o Brasil tem sido uma democracia, tem instituições democráticas, Judiciário e Legislativo independentes, liberdade de expressão. Eles têm todas as instituições democráticas para realizar eleições livres e justas", respondeu Bagley

Indicada para ser a nova embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley, 69 anos, afirmou nesta quarta-feira (18) que as eleições brasileiras serão livres. A declaração da embaixadora vem em um contexto de ameaças de golpe feitas por Jair Bolsonaro (PL), que também tem defendido a atuação das Forças Armadas na checagem do resultado do pleito de outubro.

“[O presidente Jair] Bolsonaro tem dito muitas coisas, mas o Brasil tem sido uma democracia, tem instituições democráticas, Judiciário e Legislativo independentes, liberdade de expressão. Eles têm todas as instituições democráticas para realizar eleições livres e justas”, respondeu Bagley ao ser questionada sobre o tema durante a sabatina à qual foi submetida no Senado americano. O relato dela foi publicado pelo jornal Folha de S.Paulo.

Bolsonaro tem sinalizado que o sistema eleitoral brasileiro não é seguro, uma tentativa de justificar uma possível derrota na eleição e, em consequência, tentar um golpe.

Na última sexta-feira (13), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluiu testes nas urnas e destacou que ninguém conseguiu alterar votos ou afetar apuração.

O presidente do TSE, Edson Fachin, disse nessa terça-feira (17) que o órgão pretende contar com uma centena de observadores internacionais para o acompanhamento das eleições de outubro.

O governo Joe Biden recebeu, em abril, um dossiê alertando para os ataques ao sistema eleitoral brasileiro. “Seus constantes ataques (de Bolsonaro) às eleições devem levar governos internacionais a apoiar a democracia brasileira”, afirmou o relatório entregue a políticos americanos.