O órgão de Proteção ao Consumidor de São Paulo (Procon-SP) deu o prazo de 72 horas para a rede de supermercados Carrefour explicar o espancamento até a morte de João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos, na quinta-feira 19, em unidade da empresa em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A notificação à companhia ocorreu nesta segunda-feira 23.
O Procon afirma que “essa não é a primeira vez em que o fornecedor envolveu-se em situações de violência e discriminação” e lembra de casos anteriores em que as vítimas eram negras, como em 2018, em que um homem foi agredido por representantes da empresa em uma unidade em São Bernardo do Campo (SP), e em 2009, em que um cliente também foi violentado por acusação de roubar o próprio carro, em uma unidade de Osasco (SP).
Também citou que, em agosto deste ano, um promotor de vendas do Recife morreu enquanto trabalhava, e seu corpo foi coberto com guarda-sóis, enquanto a loja seguiu funcionando.