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Bolsonaro diz que exagerou a dizer que botaria a cara no fogo por Milton Ribeiro

Presidente disse, no entanto, que confia no ex-ministro, colocaria a mão no fogo por ele, e que prisão ocorreu "sem materialidade"

Bolsonaro diz que exagerou a dizer que botaria a cara no fogo por Milton Ribeiro

“Eu falei lá atrás que botava a cara no fogo por ele. Eu exagerei, mas eu boto a mão no fogo pelo Milton. Assim como boto por todos os meus ministros, porque pelo o que eu conheço deles, a vivência, dificilmente alguém vai cometer um ato de corrupção”

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (23/6) que “exagerou” ao dizer que colocaria “a cara no fogo” por Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação do governo, investigado por suposto esquema de liberação de verbas da pasta, mediante propina a pastores evangélicos. Ribeiro chegou a ser preso, mas foi solto nesta quinta (leia sobre o caso mais abaixo). Contudo, o chefe do Executivo federal afirmou que continua a confiar no ex-auxiliar, tanto que colocaria ” a mão no fogo por ele”.

Em março, quando o suposto esquema foi revelado, Bolsonaro saiu em defesa de Milton e disse que as acusações eram uma “covardia”. “O Milton, coisa rara de eu falar aqui, eu boto a minha cara no fogo pelo Milton. Minha cara toda no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia com ele”, declarou o presidente na ocasião.

“Eu falei lá atrás que botava a cara no fogo por ele. Eu exagerei, mas eu boto a mão no fogo pelo Milton. Assim como boto por todos os meus ministros, porque pelo o que eu conheço deles, a vivência, dificilmente alguém vai cometer um ato de corrupção”, disse durante sua transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta.

Veja o momento 

Na live, o presidente ainda citou uma movimentação “atípica” na conta bancária de Milton Ribeiro, que foi indício determinante para a Justiça Federal decretar a prisão do ex-ministro da Educação.

Ribeiro teria recebido um depósito suspeito de Arilton Moura, um dos pastores presos na operação que investiga um esquema de corrupção no MEC. Aliados do ex-ministro sustentam que o depósito seria referente à venda de um carro da esposa dele, Myriam Pinheiro Ribeiro, a Victoria Bartolomeu, filha de Arilton.

Bolsonaro defendeu o argumento do ministro de que o dinheiro era referente à venda de um carro, e afirmou que a prisão de Ribeiro ocorreu “sem materialidade”.

“Ué, cada um pode ter R$ 50 mil na sua conta, pode ter R$ 100 mil na tua conta. Se você vender um imóvel hoje, você pode ter R$ 200 mil na sua conta. Qual o problema? É uma movimentação atípica? É. […] Mas ali era compra de um carro. Não tinha materialidade nenhuma para a prisão do Milton”, declarou Bolsonaro.