Desesperado, o filho da vítima diz que o pai dele foi morto a tiros e teve o corpo queimado no meio da rua. Ele diz, ainda, que o pai nunca foi pirata de rio
Áudio que circulam nas redes sociais atestam que o homem, morto e queimado no porto de Japurá, não era “pirata do rio”, nome dado a assaltantes que roubam e matam tripulantes de embarcações que nagevam nos rios do Amazonas.
Desesperado, o filho da vítima diz que o pai dele foi morto a tiros e teve o corpo queimado no meio da rua. Ele diz, ainda, que o pai nunca foi pirata de rio e que tinha ido à cidade apenas comprar combustível para levar para o garimpo onde trabalhava.
De acordo com informações preliminares, foram dois os assassinatos ocorridos nessa terça-feira (6), no porto do município de Japurá. Ainda de acordo com informações não oficiais, as vítimas era inocentes.
“Eles não são piratas, vocês não sabem de nada, tacaram fogo no meu pai. Ele estava apenas levando gasolina para o garimpo, meu pai estava querendo apenas dinheiro para sustentar a família dele e vocês fazem isso com ele. Ele não era pirata e mataram ele.”
No áudio é possível ouvir que o homem que conseguiu sobreviver ao ataque é cunhado dele e também não era pirata de rio.
“Agora o meu cunhado está preso por besteira, ele estava apenas levando as coisas para a família dele e vocês fazem uma coisa dessas. Como vocês podem falar uma coisa dessa?”, lamenta.
Nesta quinta-feira (7), uma tropa de reforço com policias militares e civis deve chegar a Japurá para investigar o caso e identificar as pessoas que participaram do linchamento e do ataque à delegacia da cidade.
