Por Ademir Ramos (*) – A liturgia da política requer leitura e definição do presente histórico contemplando suas múltiplas determinações numa perspectiva democrática, participativa e socialmente distributiva.
Neste horizonte é importante que façamos uma analise avaliativa das estratégias políticas operacionais amparadas em determinadas analises conjunturais manifestas por suas lideranças e, em particular, pelos candidatos que disputam mandatos eleitorais pautados por motivações que afrontam as perspectivas lavradas anteriormente enquanto valores e processo social e democrático.
O fato é que na política a corrupção é recorrente. O mais importante é focar nossos esforços para os instrumentos de controle seja constitucional ou popular, sabendo que a opção a ser feita não se fundamenta no devir, mas, sobretudo, no presente histórico capaz de agregar força para o consenso ou quem sabe para as mudanças estruturantes visando à reparação e o novo ordenamento social jurídico constitucional.
As lideranças políticas nacionais e locais têm o dever de discutir o que e como fazer para garantir as conquistas e avanços que assegurem os meios necessários para se combater o miserê das políticas sociais que maltratam a nossa gente sem pão, trabalho e ânimo.
O fato é que os fundamentalistas de direita ou esquerda reduzem a política a suas facções tornando-se iguais quanto ao regramento de suas estratégias por não ampliar suas relações de convencimentos junto ao eleitorado do centro ou como queiram.
O desatino dessas lideranças é falar unicamente para o seu rebanho. Por esta razão são iguais quanto às estratégias e desiguais relativos as propostas.
Vencerá quem furar essa bolha não para a extremidade da direita ou esquerda, mas em direção ao centro, na busca de se construir uma unidade na diversidade com referência de se governar na coalização, como bem se define o sistema presidencial brasileiro, longe dos gritos autoritários, das palavras de ordens, muito menos ainda do mandonismo da ordem unida, do preconceito e discriminação contra os velhos na política enquanto memória da renascença e vanguarda da democracia participativa.
(*) É professor e coordenador do NCPAM da Ufam vinculado ao Dpto. de Ciências Sociais ademiramos@hotmail.com