O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva falou nesta quarta-feira, 31, para o povo do Amazonas num grande comício realizado em Manaus no espaço Torres Hall, na avenida das Torres.
O comício do ex-presidente contou com forte esquema de segurança com revistas e detector de metais.
O discurso de Lula foi sereno, descontraído, não atacou o presidente Jair Bolsonaro, seu opositor, e até brincou com a multidão dizendo que o caldo de tambaqui (peixe da água doce) é excelente, mas nunca comparado a um churrasco de picanha com uma cerveja gelada.
Ao lado de Aloízio Mercadante, Eduardo Braga, Omar Aziz e várias outras figuras da política local e nacional, como Randolfe Rodrigues, Lula direcionou o seu discurso na defesa da região. Ele prometeu, por exemplo, a criação do Ministério dos Povos Tradicionais que a comunidade originária decida pelo seu próprio destino.
“No meu governo, garimpo em terras indígenas, jamais”, prometeu. Lula prometeu, também, criar o Ministério da Mulher. A gente vai respeitar a Amazônia, a nossa floresta. Não haverá mais garimpo ilegal nesse país. Não haverá mais desmatamento ilegal, não haverá mais invasão das terras indígenas neste país”.
No final de seu discurso, Lula referiu-se a Bolsonaro como um tenente que no exercício da Presidência da República nada fez para evitar para que muitas pessoas morressem em Manaus sufocadas por falta de oxigênio na rede pública de saúde durante a pandemia.
Segundo ele, foi o embaixador a Venezuela que colocou o oxigênio em Manaus para salvar vidas apesar do presidente tanto atacar o país vizinho.