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“Mal conheço esse idiota”, diz Tarcísio após posar abraçado com Douglas Garcia em debate

“Eu telefonei e pedi desculpas por esse cara [Douglas Garcia] estar lá com uma credencial cedida pela minha campanha. Eu mal conheço, nem tenho contato com esse idiota”, afirmou o candidato. “É o fim da picada. Não precisamos desse tipo

“Mal conheço esse idiota”, diz Tarcísio após posar abraçado com Douglas Garcia em debate

“Se soubéssemos que ele iria lá para isso [agredir a jornalista], jamais teríamos cedido a credencial. Ele traiu a minha confiança”, afirmou.

O candidato bolsonarista ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tentou se descolar do deputado Douglas Garcia (Republicanos-SP) após o ataque contra Vera Magalhães. De acordo com a coluna de Mônica Bergamo, na Folha, ele telefonou para a jornalista para se desculpar e negou conhecer o agressor.

No entanto, no estúdio montado no Memorial da América Latina, onde aconteceu o debate, o ex-ministro de Bolsonaro posou abraçado com o deputado, um dos convidados da sua campanha para acompanhar o programa.

“Eu telefonei e pedi desculpas por esse cara [Douglas Garcia] estar lá com uma credencial cedida pela minha campanha. Eu mal conheço, nem tenho contato com esse idiota”, afirmou o candidato. “É o fim da picada. Não precisamos desse tipo de violência e de agressão”.

Tarcísio ainda destaca que praticamente todas as credenciais do debate destinadas à sua equipe e convidados pela organização do debate já tinham sido distribuídas. Douglas teria entrado em contato com sua campanha, e perguntado se ainda seria possível conseguir um ingresso para o evento. A credencial foi cedida para o parlamentar.

“Se soubéssemos que ele iria lá para isso [agredir a jornalista], jamais teríamos cedido a credencial. Ele traiu a minha confiança”, afirmou. “O cara fez isso [atacar Vera] para aparecer, pegou a credencial para me usar, aparecer para um eleitorado radical. É lamentável”.

Garcia é um conhecido líder da extrema direita paulista e fã de neonazis. Ele foi eleito com apoio da família Bolsonaro e já chamou as pessoas listadas no documento de “terroristas” e “criminosas”. Ele coleciona elogios aos “Carecas”, os skinheads, conhecidos por praticarem atos de violência e até assassinatos em nome de expressão política, em defesa do nacionalismo e do patriotismo.