Por Ademir Ramos (*) – É verdade que as pesquisas saíram muito queimadas nestas eleições de 2022. De qualquer modo suas imprecisões não contrariaram a vontade da maioria.
De início apontavam Lula como preferido o que foi confirmado nas urnas. Entretanto, outros Institutos, segundo suas cifras quantitativas, registravam a vitória do Lula no primeiro turno.
Ficamos com a máxima de que as pesquisas são tão-somente um recorte daquele contexto determinado com os ânimos em movimento.
No entanto, algumas corporações e clubes partidários a tomavam como verdade matemática e não como certeza de determinado momento do processo eleitoral. Às vezes por ignorância ou por negacionismo político, os candidatos atacam de forma violenta as pesquisas e seus responsáveis tentando criminalizá-los e responsabilizá-los por sua rejeição nas urnas.
No Amazonas, pela contingência da campanha do candidato Amazonino Mendes, o Senador Eduardo Braga, com apoio do Lula, foi eleito para disputar o segundo turno com o Wilson Lima apoiado pelo presidente Bolsonaro e pelo prefeito de Manaus, David Almeida.
Mas, desde o início as pesquisas indicavam o atual governador como o preferido dos Amazonenses. Acertaram na mosca e para o segundo turno não será diferente só que desta vez a margem de ganho é muito maior deixando o Eduardo Braga na rabeira.
Quanto ao Lula as especulações referenciadas pelas pesquisas indagam sobre a margem de manobra que o ex-presidente tem para vencer, podendo ser contida no vértice do triangulo ou quem sabe por toda sua lateral com grande folga para o petista.
Seja o que for, toda e qualquer especulação se torna inócua frente ao resultado do pleito.
No Amazonas, sem dúvida alguma, as urnas confirmarão as pesquisas.
Quanto ao Lula, embora as pesquisas quantifiquem a sua vitória, ainda é difícil proclamá-la considerando as variações e especificidades que temos nos distritos eleitorais por todo o Brasil. Sem medo de ser feliz rendemo-nos a vontade da maioria, como poder soberano emanado das urnas, que vença o melhor para o Brasil e o nosso querido Amazonas.
(*) É professor, antropólogo e indigenista, coordenador do projeto jaraqui e do NCPAM/UFAM. E-mail: ademiramos@hotmail.com