Fabián Pécora, 49, se lembra de quando Lionel Messi voltava para Rosário, sua cidade natal na Argentina, de férias da atuação no Barcelona, e sentava no meio fio em frente à esquina da sua casa, com uma bicicleta velha. Com um pincel na mão enquanto pinta o portão de casa, ele descreve como o grande astro do futebol argentino se comportava mesmo quando já estava conquistando a fama.
“Ele sempre foi um menino de bairro. Nas primeiras vezes em que ele vinha da Espanha, como ele tinha o fuso horário trocado, às vezes a gente acordava 6, 7 da manhã ele estava ali, parecia que ainda sem consciência de quem ele estava se tornando. Às vezes até pediam foto com ele, mas ele ainda não percebia. De fato, juntavam para jogar futebol aqui na rua e ele jogava também, até que tiveram que colocar um freio para ele não acabar se machucando”, conta Pécora, que trabalha como administrativo e vive a meia quadra de onde o craque da seleção argentina morou na infância.
Assim como Fabián, os moradores da rua onde Messi cresceu abrem um sorriso ao falar do garoto baixinho que jogava bola na rua, para décadas depois ser o grande alvo das esperanças de 45 milhões de argentinos de ganhar a terceira Copa do Mundo para o país. O mesmo acontece com pessoas que o conheceram ou que hoje trabalham no clube infantil onde ele começou a jogar futebol.
As histórias de Messi são contadas uma e outra vez, a ponto de cada conversa em Rosário ser proveitosa para conhecer a história do craque, que também protagoniza homenagens em diversos murais ao redor da cidade.