A Esplanada dos Ministérios começou a receber o público para a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas primeiras horas da manhã deste domingo (1°/1). Apoiadores do novo chefe do Executivo Federal chegaram cedo, na tentativa de conseguir o melhor lugar para vê-lo subir a rampa do Palácio do Planalto.
Por volta das 9h, a fila formada alcançava quilômetros de extensão, na altura da 202 Norte. Do Eixo Cultural Ibero-Americano até a Rodoviária do Plano Piloto, o público também enfrenta longa espera para acessar a Esplanada.
Em alguns pontos, a fila passa de 4km. Antes das 7h, diversas caravanas e pedestres ocupavam as vias de acesso N1 e S1, rumo ao gramado central da Esplanada dos Ministérios, de onde cerca de 300 mil pessoas acompanharão o evento. Na região, ambulantes vendem bandeiras, camisetas, alimentos e bebidas.
O cortejo que desfilará pela Esplanada sairá da Catedral Metropolitana com destino ao Congresso Nacional às 14h.
A passagem da faixa está marcada para começar às 15h. Na Praça dos Três Poderes, onde o público verá de perto Lula colocar a faixa presidencial, a capacidade máxima é de 40 mil espectadores.
A servidora pública capixaba Daniele Stange, 39, e o marido, o advogado André Figueiredo, 54, vieram do Espírito Santo e chegaram à capital federal na última sexta-feira (30/12). “Eu nem dormi essa noite. A ansiedade é grande”, comentou Daniela. “O dia de hoje representa a redenção”, acrescentou André.
Sem demonstrar qualquer tipo de nervosismo pela espera da fila, as estudantes Ana Clara Braga, 21, Maria Lúcia Ferreira, 20, e Caroline de Oliveira, 19, já cantavam o Funk do Lula, música de Valesca Popozuda.
A cantora, uma das atrações culturais da posse, é uma das mais aguardadas pelas amigas, que vieram de Campinas (SP) para acompanhar a cerimônia.
“Os últimos dias nos deixaram preocupadas, mas, vendo a rua assim, a gente fica cheia de um sentimento de proteção, união e companheirismo. Percebemos que não estamos sozinhas nessa”, confessa Maria Lúcia.
“Nosso ônibus ia partir às 17h hoje, imagina? Convencemos a nossa caravana a voltar só amanhã. É para curtir cada segundo desse momento”, conta Ana.