Preso desde o dia 14 de fevereiro, acusado de omissão nos atos terroristas de 8 de janeiro, quando extremistas apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, o ex-ministro Anderson Torres teve seu pedido de liberdade negado.
A decisão pela manutenção da prisão foi do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O magistrado foi respaldado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), argumentando que, no atual momento das investigações, a “razoabilidade e proporcionalidade continuam justificando a necessidade e adequação” da medida.
Moraes mencionou, também, a “minuta do golpe de Estado” encontrada na casa de Torres por agentes da Polícia Federal (PF). O documento previa decretar “estado de defesa” na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para contestar ilegalmente o resultado das eleições vencidas pelo presidente Lula (PT).
O ministro determinou, ainda, que Torres seja ouvido pela PF no inquérito que apura as ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante as eleições, atendendo a um pedido da própria Polícia Federal.