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“A democracia não pode ser tolerante com os intolerantes”, diz Gilmar Mendes

O ministro continuou, ponderando se esses atores poderiam ter planejado um evento como o de 8 de janeiro antes de sua ocorrência real, "Talvez eles tenham sonhado com um 8 de janeiro anteriormente ao evento em si. Talvez com a

"A democracia não pode ser tolerante com os intolerantes", diz Gilmar Mendes

"A democracia não deve ser tolerante com os intolerantes", declarou Mendes, defendendo a necessidade do inquérito das Fake News, uma investigação focada em pessoas acusadas de disseminar notícias falsas e atacar a democracia.

Em entrevista exclusiva ao jornalista Mário Vitor Santos, no programa “Forças do Brasil”, da TV 247, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, destacou a importância de preservar a democracia e a necessidade de enfrentar os intolerantes.

“A democracia não deve ser tolerante com os intolerantes”, declarou Mendes, defendendo a necessidade do inquérito das Fake News, uma investigação focada em pessoas acusadas de disseminar notícias falsas e atacar a democracia.

Na entrevista, o ministro referiu-se especificamente aos acontecimentos do dia 8 de janeiro. “Era necessário restringir direitos de pessoas que atacam a democracia como vimos no dia 8 de janeiro”, afirmou. De acordo com Mendes, os eventos do dia foram alimentados por um “caldo de cultura golpista” em manifestações convocadas pelo que ele nomeou como o “gabinete do ódio” bolsonarista.

O ministro continuou, ponderando se esses atores poderiam ter planejado um evento como o de 8 de janeiro antes de sua ocorrência real, “Talvez eles tenham sonhado com um 8 de janeiro anteriormente ao evento em si. Talvez com a intenção de colocar uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e sabe-se lá o que aconteceria”, conjecturou.

“Como pode pedirem uma intervenção militar?” – Mendes mostrou-se particularmente alarmado com manifestações que ocorreram em frente aos quartéis. “As manifestações em frente aos quartéis eram inusitadas. Aliás, é bom que isso nunca mais se repita”, defendeu. Mendes questionou: “Como pode fazer manifestações para pedir intervenção militar?” E seguiu explicando que a intervenção militar significa “interrupção do processo democrático”, ressaltando a gravidade de tais pedidos.

O ministro admitiu que houve “muita tolerância com os intolerantes”, uma postura que, segundo ele, não pode mais ser mantida. “Todos nós temos que assumir as nossas responsabilidades diante da história”, afirmou. Com relação às investigações em andamento, Mendes expressou esperança de que elas levem a resultados efetivos. “As investigações estão em curso e eu espero que elas levem ao bom resultado”, concluiu o ministro.

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