O deputado estadual Amauri Ribeiro (União-GO) pediu nesta sexta-feira (9) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que rejeite um “eventual pedido de prisão” apresentado contra ele, depois que o parlamentar afirmou que ‘deveria estar preso’ por ter ajudado ‘a bancar’ manifestantes golpistas. A Polícia Federal poderia encaminhar ainda nesta sexta-feira ao STF o pedido de prisão do deputado Amauri Ribeiro.
A defesa de Ribeiro sustentou que as afirmações do deputado foram retiradas de contexto e que ele somente ajudou “os mais carentes” que estavam acampados em frente a um quartel do Exército em Goiânia. “Feitas essas explanações, requer a rejeição de eventual pedido de prisão preventiva contra o peticionante, porquanto incabível e desnecessária”, argumenta a equipe de advogados, sob o comando do ex-senador Demóstenes Torres.
Na manifestação, o deputado Amauri Ribeiro defendia a liberdade do coronel Benito Franco, preso pela Polícia Federal em abril durante uma operação contra acusados de participação nos atos golpistas de 8 de Janeiro e libertado nesta semana. “A prisão do coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá”, disse o parlamentar. “Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro”, afirmou.