O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou nesta quinta-feira (22) com o líder cubano, Miguel Díaz-Canel, com o objetivo de restabelecer as relações bilaterais entre os países, interrompidas por razões ideológicas ao longo do governo Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com a Folha de S. Paulo, o governo brasileiro informou que discussões abrangeram a conjuntura mundial e questões específicas da América Latina.
Aina conforme a reportagem, posteriormente, Lula também se reuniu, com o premier haitiano, Ariel Henry. O encontro entre eles foi solicitado pelo líder haitiano. No entanto, a possibilidade de oferecer ajuda novamente para enfrentar a crise humanitária no país caribenho é vista com cautela por membros da delegação brasileira.
Mais cedo, Lula se encontrou com o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, para discutir as possibilidades de ação em prol do fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Ramaphosa compartilhou informações sobre suas conversas com os líderes ucraniano, Volodymyr Zelenski, e russo, Vladimir Putin, destacando o impacto do conflito em seu país, como o aumento do preço dos fertilizantes e a consequente crise alimentar. Tanto Lula quanto Ramaphosa buscam soluções cooperativas para encerrar o conflito, sem se alinharem a nenhum dos blocos envolvidos.
Além disso, os dois líderes discutiram a próxima cúpula do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que está programada para ocorrer em agosto, na capital sul-africana. A atual presidente do Banco do Brics, Dilma Rousseff, também se encontrou com Lula em Paris, para um almoço.
Lula ainda tem reuniões bilaterais agendadas com o presidente da COP28, Sultan Al Jaber, representante dos Emirados Árabes Unidos. Mais de cem chefes de Estado estão em Paris para participar da Cúpula do Novo Pacto Financeiro, liderada pelo presidente francês, Emmanuel Macron. O anfitrião deve oferecer um almoço para Lula na sexta-feira (23).