A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu uma ordem exigindo que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, André do Prado, forneçam explicações referentes à controversa homenagem prestada ao ex-coronel Erasmo Dias (1924-2010), uma figura marcante da ditadura militar brasileira. O prazo estabelecido pela ministra é estrito, com duração de apenas cinco dias, segundo informa o jornalista Guilherme Caetano, do Globo.
A ação direta de inconstitucionalidade (ADI) que levou a essa decisão foi apresentada por partidos políticos, incluindo PT, PSOL, PDT, e o Centro Acadêmico 22 de Agosto da PUC de São Paulo. Esses grupos protestam contra a aprovação, ocorrida em junho, de um projeto de lei que renomeou um viaduto na Rodovia Manílio Gobbi, em Paraguaçu Paulista, como “Deputado Erasmo Dias”. A sanção desse projeto foi assinada pelo vice-governador, Felício Ramuth (PSD), durante a ausência de Tarcísio, que estava participando de um fórum jurídico em Portugal.