Neste sábado, 21 de outubro, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, fez um alerta durante a Cúpula da Paz, no Cairo, sobre a necessidade urgente de uma ajuda humanitária significativamente maior para Gaza. Após duas semanas de negociações entre grandes potências, apenas 20 caminhões foram autorizados a entrar na região com suprimentos. Esta quantidade é insuficiente para atender às necessidades da população palestina.
A situação na região é crítica, e a ONU estima que pelo menos 100 caminhões diários de suprimentos, incluindo água, alimentos e medicamentos, são necessários para socorrer os 2,4 milhões de habitantes que enfrentam uma crise humanitária.
Guterres, que visitou a fronteira de Rafah na sexta-feira, descreveu a situação como uma “catástrofe humanitária em tempo real”. Idosos e crianças estão internados em hospitais sem eletricidade nem combustíveis, sofrendo com a fome e a sede.
O secretário-geral da ONU fez um apelo veemente por um cessar-fogo imediato no conflito entre Israel e Hamas, enfatizando a necessidade de suprimentos humanitários urgentes. António Guterres destacou a disparidade chocante entre os caminhões de ajuda e os estômagos vazios da população em Gaza.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se recupera de uma cirurgia, esteve presente na Cúpula da Paz. O Brasil, que atualmente preside o Conselho de Segurança da ONU, viu sua resolução de cessar-fogo humanitário vetada pelos Estados Unidos. Esta rejeição gerou críticas, pois os números apresentados por Guterres destacam a insuficiência da ajuda atual.
A situação em Gaza é desesperadora, e a ONU alerta que a ajuda humanitária deve ser ampliada drasticamente para evitar uma catástrofe. Com apenas 20 caminhões chegando à região, a comunidade internacional enfrenta um desafio crítico para garantir a sobrevivência dos milhões de civis afetados pelo conflito.
O apelo por um cessar-fogo e mais assistência humanitária permanece urgente.