De acordo com o presidente do STF, é necessário o enfrentamento ao crime no Brasil e "no Rio de Janeiro em particular"
O ministro do Supremo Tribunal Federal Luis Roberto Barroso sinalizou nesta sexta-feira (27) que integrantes do crime organizado podem influenciar os poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, se o combate a ilegalidades não estiver entre as prioridades de investigadores. “Precisamos acertar, do contrário o crime organizado vai começar a contaminar todas as instituições”, disse o juiz da Corte após um evento na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. O magistrado fez a avaliação quatro dias após criminosos incendiarem 35 ônibus e um trem no município do Rio.
Os incêndios aconteceram após a morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Teteu e Faustão. Ele morreu em uma troca de tiros com a Polícia Civil. É sobrinho do miliciano Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, na comunidade Três Pontes. Tandera é chefe de outra milícia, e Abelha, chefe do Comando Vermelho, a maior facção do tráfico do estado do Rio.
De acordo com o presidente do STF, é necessário o enfrentamento ao crime no Brasil e “no Rio de Janeiro em particular”. “Violência, criminalidade organizada. Como impedir a sua infiltração nas instituições? E como o estado reocupar espaços que estão perdidos para o crime organizado. Isso ocorre no Rio de Janeiro e na Amazônia. É preciso uma cooperação de todos, mas nós temos que acertar os diagnósticos das melhores soluções”.
