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Apoio de Biden a Israel corrói popularidade do presidente americano, mostra pesquisa

A erosão na popularidade de Biden é maior entre os democratas – para eles, Israel reagiu de forma desproporcional em Gaza.

Apoio de Biden a Israel corrói popularidade do presidente americano, mostra pesquisa

NBC mostra a popularidade do presidente norte-americano Joe Biden (DEM) no nível mais baixo desde a posse – 40%.

Pesquisa da rede de televisão NBC mostra a popularidade do presidente norte-americano Joe Biden (DEM) no nível mais baixo desde a posse – 40%. O principal fator dessa queda é a maneira como Biden lida com o conflito Israel-Hamas, segundo o levantamento eleitoral da rede de televisão.

De acordo com a pesquisa, pela primeira vez, o ex-presidente Donald Trump (REP) aparece à frente de Biden na eleição geral. A diferença entre eles está na margem de erro – o pleito americano acontece daqui a 11 meses.

A erosão na popularidade de Biden é maior entre os democratas – para eles, Israel reagiu de forma desproporcional em Gaza. Entre os eleitores de 18-34 anos, impressionantes 70% desaprovam a maneira como Biden lidou com o conflito no Oriente Médio, diz a NBC.

“Biden está num ponto muito baixo em sua popularidade e uma parte significativa disso se deve à forma como os americanos estão vendo suas ações de política externa”, disse o pesquisador Jeff Horwitt, da Hart Research Associates, que conduziu a pesquisa para a NBC com o pesquisador republicano Bill McInturff, da Public Opinion Strategies.

McInturff disse que não se lembra de outra ocasião em que as relações exteriores que não envolvessem tropas dos EUA tenham transformado o cenário político americano. Por outro lado, Horwitt acha que Biden pode trazer de volta os votos desses democratas e eleitores mais jovens.

Conforme os pesquisadores, “os julgamentos de Trump, os acontecimentos imprevistos, tanto estrangeiros como nacionais, e os rigores de uma campanha têm uma forma engraçada de derrubar o que pode ser verdade hoje”.

O trabalho de Biden, no geral, é aprovado por 40% dos eleitores – uma pequena baixa perante setembro. Na ocasião, essa aprovação era de 41%. Preocupante é a queda entre os mais jovens, aponta a NBC – em setembro, Biden tinha o apoio de 46% no segmento 18-34. Hoje são apenas 31%.

Política externa

Política externa é o calcanhar de Aquiles de Biden: apenas 33% de todos os eleitores aprovam a forma como Biden lida com a política externa, uma queda de 8 pp em relação a setembro. Apenas 34% de todos os eleitores aprovam a forma como Biden lidou com a guerra Israel-Hamas, contra 56% que dizem desaprovar.

Apenas metade dos eleitores democratas (51%) dizem que aprovam a forma como Biden lidou com a guerra, em comparação com a maioria dos independentes (59%) e dos republicanos (69%) que dizem desaprovar.

47% dos americanos acreditam que as ações de Israel em Gaza são justificadas. 30%, por outro lado, acham que a retaliação israelense foi desmedida. 45% dos americanos são contra a ajuda militar americana a Israel, diz a NBC.

Eleição geral

Quando perguntados sobre a eleição geral de 2024, pela primeira vez os eleitores indicam Trump à frente de Biden: 46% x 44%. A diferença está dentro da margem de erro, diz a NBC. Embora o apoio a Biden tenha mudado ao longo do ano, dentro da margem de erro da sondagem, o de Trump quase não mudou.

Na pesquisa atual, Biden tem vantagem sobre Trump entre eleitores negros (69% a 20%), mulheres (52% a 39%) e brancos com diploma universitário (51% a 40%). Trump, por sua vez, lidera entre eleitores brancos (53% a 39%), os homens (55% a 35%) e os eleitores rurais (58% a 35%).

Trump detém uma ligeira vantagem dentro da margem de erro entre os eleitores com idade entre 18 e 34 anos (46% a 42%), uma reversão em relação aos resultados eleitorais passados e às pesquisas anteriores da NBC News.

O empresário deve ser o indicado republicano, segundo a NBC. De acordo com o levantamento, ele ganha de lavada dos outros candidatos do partido de oposição. Trump tem 58% contra apenas 18% de Ron DeSantis (governador da Flórida) e 13% de Nikki Haley, ex-embaixadora dos EUA na ONU.