A Marinha do Brasil anunciou, nesta quarta-feira (8/5), que disponibilizará três embarcações para prestar auxílio aos atingidos pelas enchentes que afetam o Rio Grande do Sul.
Entre eles, está o Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico (A140), considerado o maior navio de guerra da América Latina. A previsão é que ele chegue ao Rio Grande do Sul neste sábado (11/5), às 14h.
Além de utilizado para ações de defesa, o A140 é adequado para a realização de ajuda humanitária. Entre os principais equipamentos que serão trazidos por ele, estão duas estações de tratamento de água, capazes de produzir um total de 20 mil litros por hora.
O navio também possui uma infraestrutura com área hospitalar, equipada com uma Unidade de Tratamento intensivo (UTI) com dois leitos, uma banheira termal para aquecimento ou resfriamento, uma sala de trauma, um centro cirúrgico, um consultório odontológico, um laboratório, dois consultórios médicos, uma enfermaria com oito leitos, uma farmácia completa, uma recepção e uma sala de espera.
O navio Fragata Defensora também deve chegar no sábado, a partir das 15h. A terceira embarcação, o Navio-Patrulha Oceânico Amazonas, chega nesta sexta-feira (10/5).
O Navio-Patrulha Oceânico Amazonas acomoda até 81 militares e possui capacidade de transporte de até seis contêineres de 15 toneladas. Ele também conta com duas embarcações de casco semirrígido, uma enfermaria composta por dez leitos e salas de cirurgia. Em caso de necessidade, o Amazonas é capaz de receber e abastecer helicópteros.
A Fragata Defensora tem funções essencialmente militares e sua missão básica é contribuir para o controle de áreas marítimas. É capaz de transportar até 209 militares.
As chuvas que assolam o Rio Grande do Sul desde o início da semana passada já afetaram 1,5 milhão de gaúchos.
Segundo a última atualização da Defesa Civil, 100 óbitos foram confirmados e 128 pessoas estão desaparecidas em todo o estado. No total, são 372 feridos.
Dos 497 municípios do estado, 417 foram atingidos, onde mais de 163 mil pessoas estão desalojadas e 66 mil encontram-se em abrigos públicos.