A equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está nos estágios finais da criação de um auxílio para as famílias desabrigadas do Rio Grande do Sul. A proposta visa ajudar a população gaúcha na reconstrução de suas casas.
De acordo com a coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, a ideia é que seja concedido um voucher no valor de R$ 5 mil por família. Com o dinheiro, as pessoas afetadas pelas enchentes poderão comprar itens como material de construção, eletrodomésticos e móveis.
A proposta será apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas próximas horas.
O voucher não terá restrições e as pessoas vão poder gastar o dinheiro conforme suas necessidades.
O Ministério da Fazenda planeja depositar o benefício diretamente para 100 mil famílias afetadas pelas enchentes, priorizando aquelas que perderam tudo. O custo estimado para essa iniciativa é de R$ 500 milhões.
Inicialmente, a pasta estudou a possibilidade de oferecer linhas de crédito com juros baixos, porém, essa alternativa foi descartada devido à necessidade de garantias que os bancos exigiriam, especialmente das famílias mais afetadas.
Para contornar essa questão, o governo então decidiu dar garantias aos bancos. No entanto, o volume de recursos necessários para isso ultrapassaria R$ 1,5 bilhão.
Diante disso, a opção de depositar diretamente o dinheiro para as famílias, sem cobrar nada em troca, foi considerada mais viável e eficiente.
Além do alívio financeiro imediato, essa medida também elimina a burocracia associada à concessão de empréstimos. Às famílias que conseguiram manter seu patrimônio, sim, deve ser oferecida uma linha de crédito com juros baixos.
Ainda segundo a jornalista Mônica Bergamo, uma das preocupações do governo é com uma eventual alta nos preços devido ao inevitável aumento da demanda por material de construção e utensílios para casa. Nesse sentido, a equipe de Haddad está buscando um acordo com a indústria e o comércio para que isso seja evitado.