O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) insultou, durante sessão no plenário da Câmara dos Deputados na quarta-feira (14), o delegado Fábio Alvarez Shor, que conduz as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro, chamando-o de “putinha do Alexandre de Moraes.”
“Quem faz as coisas por poder e por dinheiro merece ser chamado de ‘putinha do Alexandre de Moraes’”, disparou o filho “03” do ex-presidente. “O senhor é um covarde, delegado Shor.” Vale destacar que “Bananinha” foi escrivão da Polícia Federal (PF) entre 2010 e 2015.
DENÚNCIA: o Eduardo Bolsonaro acabou de chamar o delegado das investigações de PUTINHA DO ALEXANDRE DE MORAES. Isso pode ser considerado como uma forma de intimidar e atrapalhar as investigações. Ajudem a marcar o @alexandre para que o Eduardo vá fazer companhia ao Daniel… pic.twitter.com/STcI2G4PeT
— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) August 15, 2024
Quebrando o decoro parlamentar, Eduardo Bolsonaro também proferiu uma série de palavrões ao atacar as decisões de Moraes. “Que porra de país é esse em que a gente está vivendo, caralho? Onde é que a gente vai parar? Quando é que esta casa vai acordar?”, afirmou.
?AGORA: Quebrando o Decoro Parlamentar, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chamou um monte de palavrões ao atacar as decisões de @alexandre. Além disso, ele chamou um Delegado da Polícia Federal de putinha do Ministro @alexandre. Essa gente está testando os seus limites, Xandão. Marquem… pic.twitter.com/r8T7UB9Hy4
— PESQUISAS E ANÁLISES ELEIÇÕES (@pesquisas_elige) August 15, 2024
Na última quarta-feira (14), Moraes reafirmou a legalidade da requisição de informações durante o período em que presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A declaração ocorreu após a Folha de S.Paulo publicar uma reportagem na terça-feira (13), na qual Moraes foi acusado de usar “formas não oficiais” para ordenar a coleta de informações com o objetivo de investigar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2022.
Durante a sessão do STF na quarta-feira, o magistrado esclareceu que todos os procedimentos estavam relacionados à reiteração de atos ilícitos de investigados pela Corte, nos inquéritos sobre a atuação de milícias digitais e a disseminação de fake news.
“Nenhuma das matérias preocupa o meu gabinete, me preocupa ou a lisura de nenhum dos procedimentos”, declarou.