O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e diversas personalidades da extrema-direita lançaram mais um vídeo convocando apoiadores para ato no dia 7 de setembro, na Avenida Paulista, em São Paulo. O evento é descrito como um “grande ato em defesa da democracia” e tem como principal pauta o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Na gravação, os participantes defendem que o movimento é uma luta pela democracia, envolvendo homens, mulheres, jovens e crianças. Figuras proeminentes da extrema-direita e parlamentares investigados nos inquéritos das Fake News e das Milícias Digitais participam da convocação.
Entre os nomes estão Michelle Bolsonaro (PL), o pastor Silas Malafaia, o principal organizador do ato, e os deputados Flávio Bolsonaro (PL), Nikolas Ferreira (PL), Bia Kicis (PL) e Zé Trovão (PL), todos pedindo o impeachment de Moraes.
Eles acusam o ministro de atuar em uma “ditadura da toga” e defendem que sua saída é essencial para o que chamam de restauração da democracia.
Veja a convocação
No vídeo, Eduardo Bolsonaro (PL) menciona o vazamento de conversas de assessores de Alexandre de Moraes, criticando o episódio e afirmando que situações como essa não podem ser mais toleradas. Ele reforça que esse é mais um motivo para pedir o impeachment do ministro. Outros participantes fazem coro com o grito de “independência ou morte”.
Inicialmente, o mote principal do ato bolsonarista era a denúncia de que Moraes, supostamente, movia inquéritos ilegalmente enquanto ministro do Supremo e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A tese levantada pelo jornalista Glenn Greenwald na Folha de S.Paulo foi o estopim para dezenas de deputados do PL assinarem um documento pedindo o impeachment de Moraes.
Já na última semana, o público de extrema-direita se viu com mais um motivo para atacar o STF. Trata-se da ordem de suspensão contra o bloqueio da rede social X, antigo Twitter, após o dono do site, o bilionário Elon Musk, descumprir ordens e se recusar a pagar multas impostas pela Justiça brasileira.