
“Os que me acusam de estar próximo ao governo por orar pelo presidente querem transformar a frente num puxadinho do bolsonarismo”, afirma.
Ex-bolsonarista, deputado federal e pastor, Otoni de Paula (MDB-RJ) tem transformado a eleição para a presidência da bancada evangélica em uma briga. Ele, que viralizou recentemente por pedir orações para Lula, tem sido acusado de priorizar demandas do Palácio do Planalto.
Pastor do Ministério Missão de Vida, Otoni causou uma divisão no colegiado de religiosos e vem dizendo que seus adversários alinharam o grupo ao bolsonarismo. Ele era um apoiador fervoroso do ex-presidente Jair Bolsonaro e deu uma guinada ideológica recentemente.
Nas eleições municipais deste ano, ele abandonou o candidato bolsonarista à Prefeitura do Rio de Janeiro, Alexandre Ramagem (PL), e apoiou a reeleição de Eduardo Paes (PSD). Antes, ele apoiava o ex-presidente em eleições e votações na Câmara dos Deputados.
Para Otoni, a mudança mostra uma independência. Ele argumenta que a pauta de costumes sempre foi dos evangélicos e acabou sendo sequestrada por Bolsonaro após o alinhamento da bancada ao seu governo. “Os que me acusam de estar próximo ao governo por orar pelo presidente querem transformar a frente num puxadinho do bolsonarismo”, afirma.