
“Eu jamais neguei atendimento para ele, já o operei várias vezes em quadros graves. Mas, desta vez, não sei se é coisa da dona Michelle, mas provavelmente é coisa da esposa, e ela resolveu chamar outro grupo para atendê-lo”, afirmou à coluna de Carla Araújo no UOL.
O médico Antônio Luiz Macedo, que operou o ex-presidente Jair Bolsonaro cinco vezes, afirma que foi excluído de sua equipe pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ele diz sentir que seu trabalho foi desvalorizado.
“Eu jamais neguei atendimento para ele, já o operei várias vezes em quadros graves. Mas, desta vez, não sei se é coisa da dona Michelle, mas provavelmente é coisa da esposa, e ela resolveu chamar outro grupo para atendê-lo”, afirmou à coluna de Carla Araújo no UOL.
O cirurgião diz que nunca fez cobranças financeiras pelas cirurgias do ex-presidente e que o único empecilho para atendê-lo era viajar a Brasília. Macedo relata que não poderia passar tanto tempo longe de São Paulo.
“Se a família acha que não tem condição de ele vir para São Paulo, o que não é verdade, paciência, mas, sempre que ele foi operado aqui, ele saiu bem. Eu fiz o melhor, tentei fazer o melhor possível”, prosseguiu. Ele se refere a Bolsonaro como “ex-paciente”.
Auxiliares de Bolsonaro dizem que Michelle apresentava uma desconfiança com o cirurgião, responsável pela operação da deputada Amália Barros (PL-MT), que morreu em maio de 2024 após procedimento para a retirada de um nódulo no pâncreas.
Bolsonaro passou por operação no DF Star, em Brasília, e o procedimento foi coordenado por Cláudio Birolini, diretor do Serviço de Cirurgia Geral Eletiva do Hospital das Clínicas de São Paulo. Segundo a coluna de Igor Gadelha no Metrópoles, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também participou da decisão de trocar o profissional.
Macedo chegou a ser contatado por Gilson Machado, o sanfoneiro, na madrugada de sexta (11), quando o ex-presidente começou a sentir dores abdominais em meio a agenda no Rio Grande do Norte. O ex-ministro de Bolsonaro foi instruído a dar alguns remédios a ele e o médico se colocou à disposição para viajar a Natal.