
Alessandro Stefanutto foi exoneradoapós o avanço de uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União que investiga um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões.
O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi exonerado nesta quarta-feira (23) após o avanço de uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) que investiga um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões.
A saída do cargo foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, sem menção a um pedido voluntário de demissão por parte de Stefanutto.
De acordo com relatos de auxiliares do presidente Lula, a decisão de afastá-lo foi tomada após o presidente ser informado pelos chefes da PF e da CGU sobre o teor das investigações. A orientação para a exoneração foi dada ao ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, ainda durante a manhã.
Fontes do Palácio do Planalto afirmam que Stefanutto teria sido, no mínimo, omisso, pois já havia recebido relatórios da CGU apontando irregularidades. Além dele, outros dirigentes do INSS também foram afastados por determinação judicial, entre eles o procurador-geral do órgão, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, e o diretor de benefícios, Vanderlei Barbosa.
Ainda assim, segundo integrantes do governo, a permanência de Stefanutto se tornou politicamente inviável. A exoneração foi decidida momentos antes de ele anunciar que havia pedido demissão. A Advocacia-Geral da União (AGU) já se mobiliza para buscar o ressarcimento de beneficiários do INSS que sofreram descontos indevidos.
Auxiliares de Lula afirmam que a operação é uma demonstração do compromisso do governo com a proteção de aposentados e pensionistas, e tentam minimizar o desgaste político destacando que as entidades investigadas foram credenciadas no governo anterior. A defesa de Stefanutto informou que não vai se manifestar até ter acesso aos autos do processo.