
Débora ficou presa por dois anos e atualmente cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, proibida de dar entrevistas, usar redes sociais e manter contato com outros investigados.
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta sexta (25) a cabeleireira bolsonarista Débora Rodrigues dos Santos a 14 anos de prisão por participação no ataque golpista de 8 de janeiro de 2023. A pena foi proposta por Alexandre de Moraes, relator do caso, e os ministros Flávio Dino e Cármen Lúcia concordaram com a punição.
Débora, conhecida por pichar com o batom a frase “Perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, que fica em frente ao prédio da Corte, era acusada de cinco crimes: golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Nesse tipo de condenação, as penas devem ser somadas. Com isso, chegou-se ao total de 14 anos de prisão, sugerido por Moraes. Veja como foi feito o cálculo da pena, com as penas fixadas para cada crime:
- abolição Violenta do Estado Democrático de Direito: 4 anos e 6 meses de prisão; na lei, a pena varia de 4 a 8 anos.
- golpe de Estado: 5 anos de prisão; na lei, a pena varia de 4 a 12 anos;
- dano qualificado: 1 ano e 6 meses de prisão; na lei, a pena varia de 6 meses a 3 anos de prisão.
- deterioração do patrimônio tombado: 1 ano e 6 meses de prisão; na lei, a pena varia de 1 a 3 anos.
- associação criminosa armada: 1 ano e 6 meses de prisão; na lei, a pena varia de 1 a 3 anos de prisão.
Abandonada pelo bolsonarismo

Após virar símbolo da defesa dos bolsonaristas – tanto nas redes quanto no Congresso – pela anistia aos golpistas do 8 de janeiro, Débora foi deixada de lado pela extrema-direita ao ser autorizada a cumprir prisão domiciliar.
Débora ficou presa por dois anos e atualmente cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, proibida de dar entrevistas, usar redes sociais e manter contato com outros investigados.