
Mesmo com a data de início definida, ainda não há previsão de quanto tempo o processo de eleição pode levar, já que o novo papa só é eleito após alcançar dois terços dos votos.
Nesta segunda-feira (28), o Vaticano anunciou que o conclave para a escolha do novo Papa começará no dia 7 de maio. A decisão foi tomada durante uma reunião a portas fechadas com cerca de 180 cardeais, dos quais 133 estão aptos a votar. A Capela Sistina, onde ocorrerá a votação, foi fechada ao público para iniciar os preparativos.
O conclave terá início após o término da “Novendiales”, período de nove dias de luto pela morte do Papa Francisco. Mesmo com a data de início definida, ainda não há previsão de quanto tempo o processo de eleição pode levar, já que o novo papa só é eleito após alcançar dois terços dos votos.
Na ocasião, os cardeais eleitores ficarão isolados na chamada “zona de conclave”, sob juramento de segredo absoluto. Até quatro votações podem ser realizadas por dia, e, se após três dias não houver resultado, pausas para oração serão feitas. Persistindo o impasse após 34 votações, o processo entrará em uma nova fase entre os dois mais votados.
Sete cardeais brasileiros participarão da eleição: Sérgio da Rocha, Jaime Spengler, Odilo Scherer, Orani Tempesta, Paulo Cezar Costa, João Braz de Aviz e Leonardo Ulrich Steiner. A expectativa é de que este conclave tenha uma composição mais global do que os anteriores.
Entre os preparativos, a Capela Sistina recebe a instalação da chaminé por onde será sinalizada a escolha ou não de um novo papa. O último grupo de visitantes que conseguiu acesso à capela antes do fechamento se considerou sortudo, já que não há previsão de reabertura durante o processo.
Na história recente, os conclaves de 2005 e 2013 duraram apenas dois dias. Contudo, na história mais antiga da Igreja, alguns processos levaram semanas e até anos. A Santa Sé prorrogou as credenciais de imprensa até 31 de maio para cobrir todas as etapas do funeral e da eleição do novo pontífice.