Menos de 24 horas após a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizar a abertura de inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro, por prevaricação, manifestantes se reuniram no Museu Nacional, em Brasília, na tarde deste sábado (3/7), pedindo o impeachment do chefe do Executivo. “Fora, Bolsonaro”, gritavam em coro.
O Movimento reúne organizações políticas e entidades sociais, que chamam Bolsonaro de “genocida” e reclamam do descaso do governo em relação à pandemia de Covid-19.
Quando a manifestação foi convocada, por meio das redes sociais, os organizadores salientaram a necessidade de cuidados em meio à pandemia, como o uso de máscara, distanciamento e uso de álcool em gel. No entanto, houve aglomeração no local.
Carregando um cartaz de “Fora, Ladrão”, a jornalista e atriz Carmem Moretzshon, de 60 anos, afirmou que o protesto é importante para mostrar interesse do povo em tirar Bolsonaro do poder.
“O presidente está criando o tempo inteiro factoides para tentar esconder os desvios nas verbas para as vacinas. A corrupção está sendo escancarada e é necessário que o povo mostre apoio pra tirar esse verme daqui”, disse.
“Voz das ruas”
Distribuindo cartazes de “Fora, Bolsonaro, o advogado Guilherme Da Hora Pereira, de 31 anos, reafirmou a importância das manifestações em meio ao momento em que o governo está “fragilizado”.
“Estão sendo levadas adiante [as denúncias], apesar de que a série de crimes comuns que são feitas por ele todos os dias não sei levadas em consideração, mas as instituições estão dando alguma resposta”, falou.
Para ele, “ a voz das ruas precisa se fazer ouvir no Brasil”. “Acredito que é muito importante a participação da população, mas também dos movimentos sociais e partidos políticos, para que se consiga um real fora Bolsonaro”, declarou.