Fontes do governo avaliaram como preocupante a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson e consideraram que ela mostra que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pode avançar para o Palácio do Planalto se necessário.
Segundo interlocutores do presidente, a preocupação maior é com o filho Carlos Bolsonaro, tendo em vista que as informações que chegam ao governo é de que ele também é investigado no novo inquérito das milícias digitais. Carlos foi alvo do extinto inquérito dos atos antidemocráticos, embrião do atual inquérito das milícias
Esse seria o principal motivo pelo qual o presidente ainda não se manifestou sobre a prisão. Jefferson esteve com Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto no dia 3 de agosto, em encontro que não foi registrado na agenda oficial. A interlocutores, Jefferson teria dito que o presidente lhe pediu que subisse o tom contra o Supremo Tribunal Federal. Procurada para falar sobre a agenda, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República não se manifestou.
Bolsonaristas do PTB têm considerado a reação do presidente a Jefferson como essencial para que mantenham apoio mais radical, mas seus conselheiros avaliam que o melhor é silenciar uma vez que qualquer manifestação pode soar como provação ao STF e consequentemente gerar uma reação.