O economista Adriano Pires, indicado pelo governo federal para comandar a Petrobras, oficializou sua desistência em assumir a presidência da empresa, em carta enviada, nesta segunda-feira (4/4), ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
No texto, Pires fala em “compromisso de continuar na luta pelo desenvolvimento do mercado de óleo e gás”, e agradece a indicação de seu nome.
A decisão de abrir mão do comando da estatal ocorreu após o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, avisar que desistiu de assumir a presidência do Conselho de Administração da empresa.
A Albuquerque, Adriano Pires ressaltou que suas atividades como consultor do setor de óleo e gás para várias empresas o impedem de assumir as rédeas da Petrobras.
O general Joaquim Silva e Luna, tirado da direção da petroleira pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) devido à condução da política de preços de combustíveis, não deve deixar o cargo enquanto uma solução definitiva para o comando da companhia não for acertada.
Especialista no setor de óleo e gás, Adriano José Pires Rodrigues é graduado em Economia, tem doutorado em Economia Industrial pela Universidade de Paris XIII, e mestrado em Planejamento Energético. É diretor-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) e coordena projetos e estudos para a indústria de gás natural, a política nacional de combustíveis, o mercado de derivados de petróleo e gás natural.
Foi professor adjunto do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, exercendo as funções de pesquisador e consultor em empresas e entidades internacionais (tais como Unesco, CEE e Bird), na Agência Nacional de Energia Elétrica, no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e na Unicamp.
Pires também atuou como assessor do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, além de ter exercido os cargos de superintendente de Abastecimento, de Importação e Exportação de Petróleo, seus Derivados e Gás Natural.